Na
última terça-feira, no treino da véspera do jogo contra o Vitória, o
ex-atacante Nunes, ídolo do Flamengo e autor de dois gols na partida que
deu o título mundial ao clube em 1981, foi barrado na porta do CT Ninho
do Urubu. O fato gerou um enorme debate e virou tema de uma polêmica
entre os que defendiam a regra do local e outros que pediam mais
sensibilidade e respeito a um atleta com história no clube.
Nesta
sexta-feira, o técnico Mano Menezes comentou o episódio e defendeu a
postura da diretoria do Flamengo, alegando privacidade no local de
trabalho dos jogadores.
"Temos
que ter muito cuidado para não desrespeitar um ídolo do clube, mas
concordo com a diretoria. O futebol é um lugar que se trabalha para ter
privacidade. Deve permanecer no local quem está trabalhando e exercendo
alguma função, como imprensa, jogadores, dirigentes e membros da
comissão técnica".
"A
partir do momento que você deixa isso muito aberto, acaba se trazendo
para dentro do ambiente muitas pessoas que não tem nada a ver. Não é o
caso do Nunes. Mas podem entrar pessoas que começam a se aproximar,
oferecer algumas coisas aos atletas e o centro de treinamento passa a
ter outros focos. Não pode ser assim", completou Mano Menezes.
Na
última quarta-feira, o vice-presidente de futebol do clube, Wallim
Vasconcellos, já havia defendido a posição de Mano Menezes e explicado a
proibição da entrada de Nunes no centro de treinamento.
"Qualquer
um seria barrado. Não é o Nunes ou o Zico, é qualquer pessoa. O Bebeto
apareceu para ver o Mattheus e eu disse que não podia. É uma
determinação geral. Os vice-presidentes, se quiserem ir lá, me ligam. Eu
digo que, de preferência, na hora do treino não dá porque perturba o
trabalho da comissão e dos jogadores. Pessoas que não trabalham lá não
são permitidas porque é um lugar de trabalho e não de lazer, como é a
Gávea. Essa determinação partiu da diretoria", explicou o dirigente, em
entrevista à Rádio Globo.
Assessores barrados
E
a determinação também atinge alguns profissionais que trabalham com o
futebol do Flamengo. Desde o final de 2010, quando Vanderlei Luxemburgo
assumiu o comando do time, assessores de imprensa de jogadores não podem
entrar no centro de treinamento.
Durante
o tempo em que Ronaldinho Gaúcho esteve no clube, porém, a regra foi
quebrada. Seguranças e assessores do craque eram vistos frequentemente
no CT Ninho do Urubu.
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