quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MANO DEFENDE PRIVACIDADE EM CT DO FLA APÓS BARRAÇÃO DE NUNES NA TERÇA



Na última terça-feira, no treino da véspera do jogo contra o Vitória, o ex-atacante Nunes, ídolo do Flamengo e autor de dois gols na partida que deu o título mundial ao clube em 1981, foi barrado na porta do CT Ninho do Urubu. O fato gerou um enorme debate e virou tema de uma polêmica entre os que defendiam a regra do local e outros que pediam mais sensibilidade e respeito a um atleta com história no clube.
Nesta sexta-feira, o técnico Mano Menezes comentou o episódio e defendeu a postura da diretoria do Flamengo, alegando privacidade no local de trabalho dos jogadores.
"Temos que ter muito cuidado para não desrespeitar um ídolo do clube, mas concordo com a diretoria. O futebol é um lugar que se trabalha para ter privacidade. Deve permanecer no local quem está trabalhando e exercendo alguma função, como imprensa, jogadores, dirigentes e membros da comissão técnica".
"A partir do momento que você deixa isso muito aberto, acaba se trazendo para dentro do ambiente muitas pessoas que não tem nada a ver. Não é o caso do Nunes. Mas podem entrar pessoas que começam a se aproximar, oferecer algumas coisas aos atletas e o centro de treinamento passa a ter outros focos. Não pode ser assim", completou Mano Menezes.
Na última quarta-feira, o vice-presidente de futebol do clube, Wallim Vasconcellos, já havia defendido a posição de Mano Menezes e explicado a proibição da entrada de Nunes no centro de treinamento.
"Qualquer um seria barrado. Não é o Nunes ou o Zico, é qualquer pessoa. O Bebeto apareceu para ver o Mattheus e eu disse que não podia. É uma determinação geral. Os vice-presidentes, se quiserem ir lá, me ligam. Eu digo que, de preferência, na hora do treino não dá porque perturba o trabalho da comissão e dos jogadores. Pessoas que não trabalham lá não são permitidas porque é um lugar de trabalho e não de lazer, como é a Gávea. Essa determinação partiu da diretoria", explicou o dirigente, em entrevista à Rádio Globo.
Assessores barrados
E a determinação também atinge alguns profissionais que trabalham com o futebol do Flamengo. Desde o final de 2010, quando Vanderlei Luxemburgo assumiu o comando do time, assessores de imprensa de jogadores não podem entrar no centro de treinamento.

Durante o tempo em que Ronaldinho Gaúcho esteve no clube, porém, a regra foi quebrada. Seguranças e assessores do craque eram vistos frequentemente no CT Ninho do Urubu.

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