quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Wellington Sabóia propõe lei que proíbe uso de cigarro nos estádios de futebol A fumaça exalada por cigarros – ou qualquer produto que seja derivado do tabaco – é denominada poluição tabagística ambiental (PTA). Por ser extremamente tóxica, a inalação dessa fumaça por pessoas não-fumantes é bastante prejudicial, sendo chamada de tabagismo passivo ou fumo passivo. Com o objetivo de reduzir os danos causados à população, tramita na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), um projeto, de indicação do vereador Wellington Sabóia (PSC ), que busca a proibição do uso de cigarros e seus derivados nos estádios de futebol da capital cearense. “Queremos restrição total, desde a venda até o consumo final. Estive presente na Copa das Confederações e vi como as pessoas aplaudiam quando um fiscal pedia para o fumante apagar o cigarro. A fumaça incomoda muito”, ressalta o parlamentar. Bom-senso seria a solução Para ele, o certo seria que houvesse bom-senso por parte dos fumantes para não despejar a fumaça em locais públicos. “Lamentavelmente, isso não acontece, então, para isso dar certo, resolvemos encaminhar o projeto. Ainda vamos estender a proibição para os terminais de ônibus, locais onde muitas pessoas sentem esses prejuízos nocivos à saúde”, entende. O projeto já saiu da Comissão de Constituição e Justiça da CMFor e foi votado com folga no plenário. Agora, vai para a redação final e volta ao plenário para ser votado e, finalmente, ser sancionado pelo prefeito Roberto Cláudio. “Nas mídias sociais, nove entre dez pessoas são a favor do projeto”, comemora Wellington Sabóia. Proteção A adoção de ambientes livres do fumo é o único modo de proteger a população das doenças causadas pela PTA, já que ficou comprovado que não existem níveis seguros de absorção da fumaça de cigarros. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o fumo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo e a fumaça do cigarro, o principal agente poluidor de ambientes fechados. Dados De acordo com dados da OMS, aproximadamente dois bilhões de pessoas são vítimas do fumo passivo no mundo, sendo que destas, 700 milhões são crianças, que sofrem com maior incidência de bronquites, pneumonia e infecções de ouvido, entre outras doenças. No Brasil, as crianças são 40% das vítimas do fumo passivo. Doenças Os problemas de saúde a que o fumante passivo está exposto são inúmeros: câncer de pulmão ou da face, doença cardiovascular, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e enfisema pulmonar, dentre outras. “Um fumante passivo pode chegar a consumir o equivalente a 10 cigarros por dia, dependendo da exposição a que sofre”, afirma Ricardo Meirelles, pneumologista e técnico da Divisão de Controle de Tabagismo do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Ele alerta também que quem convive com pessoas que fumam em ambientes fechados têm o dobro de chances de contrair doenças, comparadas aos não-fumantes que respiram ar puro diariamente.


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